A questão do metro do Porto foi maltratada porque não foi suficientemente discutida pelas populações, pelos autarcas e forças vivas da região. O que se aprovou foi algo imposto por Lisboa. Por outro lado, o processo foi mal conduzido pelo Governo. Anunciar hoje coisas para 2022 é absurdo. Mais vale não anunciar. Mas algumas das opções técnicas até são defensáveis.
O meu PSD defendia a regionalização. Agora não sei, defende-se o silêncio. O que sei é que há muitos anos que este combate e a liderança de projectos do ponto de vista regional estão congelados. A última personalidade que teve qualidade neste combate foi o dr. Fernando Gomes.
A única possibilidade [de fazer a Regionalização] era através da mudança da Constituição para evitar o referendo e talvez pela criação de regiões experimentais, por decisão governativa. Quem vive da actual situação não quer a regionalização. Hoje os políticos de fora de Lisboa pouco contam, os jornalistas de fora de Lisboa pouco contam e os homens de cultura de fora de Lisboa não contam rigorosamente nada.
A entrevista Rádio Nova/Público desta segunda-feira é a Luís Filipe Menezes. E já era tempo de ouvir o presidente da Câmara de Gaia a falar de outra coisa que não seja Manuela Ferreira Leite. Nota-se que o discurso é pessimista, por exemplo, relativamente à Regionalização. Ou será realista?
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