1. A Exponor não se muda para o Europarque (Santa Maria da Feira). A Exponor mantém-se em Matosinhos e será objecto de um projecto de reconversão. A Exponor talvez mude para a Maia. Ou para outro concelho qualquer a norte do Douro suficientemente perto do aeroporto. José António Barros tem pouco tempo na presidência da Associação Empresarial de Portugal (AEP) mas a cada momento aponta um caminho diferente para o grande parque de exposições da Área Metropolitana do Porto. E a julgar pelas últimas notícias, abriu entretanto um espécie de leilão. O município que mais benefícios garantir poderá conquistar o direito de receber um novo parque de exposições da Exponor.
Segundo o presidente da AEP, têm-lhe chegado "convites de vários presidentes de Câmara" da região. E a perspectiva, pelos vistos, agrada-lhe, ou não a teria tornado pública. Parece ser um problema genético: a AEP há muito que se habituou a ser tratada com desvelo por quem gere os dinheiros públicos. E a receber comparticipações de muitos milhões de euros, em géneros (terrenos) e em moeda. Talvez esteja na hora de alguém explicar à AEP que, se um parque de exposições é assim tão importante, pode-se sempre propor o mesmo negócio, no mesmo local, mas a uma instituição menos venal e mais objectiva sobre o que pretende para o futuro.
Segundo o presidente da AEP, têm-lhe chegado "convites de vários presidentes de Câmara" da região. E a perspectiva, pelos vistos, agrada-lhe, ou não a teria tornado pública. Parece ser um problema genético: a AEP há muito que se habituou a ser tratada com desvelo por quem gere os dinheiros públicos. E a receber comparticipações de muitos milhões de euros, em géneros (terrenos) e em moeda. Talvez esteja na hora de alguém explicar à AEP que, se um parque de exposições é assim tão importante, pode-se sempre propor o mesmo negócio, no mesmo local, mas a uma instituição menos venal e mais objectiva sobre o que pretende para o futuro.
2. Mobilizam-se os exércitos em Matosinhos para a dura batalha pela conquista do poder na Câmara Municipal. Na semana passada, o actual presidente, Guilherme Pinto, reuniu cerca de duas mil pessoas para um jantar que funcionou como tiro de partida para a sua recandidatura, em nome do PS.
Hoje será a vez de Narciso Miranda, histórico do PS, apresentar um movimento cívico do qual será presidente da Direcção. Um passo decisivo no sentido da candidatura independente a uma autarquia a que presidiu durante mais de duas décadas.
Guilherme Pinto, para além dos cerca de dois mil convivas, juntou apoios institucionais fortes vindos do PS, mas de fora do concelho. Narciso Miranda opta por figuras com menor peso mediático, mas conhecidas dentro de portas.
As sondagens que ambos os lados entretanto promoveram apontam para um cenário equilibrado. E se o actual presidente poderá ainda tirar partido da obra feita e a concluir até final do mandato, o antigo presidente não deixará de aproveitar a sua inegável popularidade.
A tudo isto soma-se a incógnita sobre o que fará o PSD e, sobretudo, com quem o fará. É a única peça que falta para completar um trio de candidatos com hipótese de vencer as eleições autárquicas do próximo ano. Mas já se arrisca a partir demasiado tarde para o terreno.
(*) Crónica originalmente publicada
no JN desta quarta-feira
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