sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"Não posso pedir mais"

"Não posso pedir mais", disse Guilherme Pinto, na quarta-feira. O autarca fazia o balanço de três anos de mandato e referia-se à "generosidade" com que este Governo tem tratado o concelho de Matosinhos.
O que pelos vistos leva Guilherme a desistir de reivindicar mais investimentos é o facto do Piddac para 2009 ser "o maior que alguma vez existiu para Matosinhos", concretamente 58 milhões de euros.
É o tipo de afirmação que só pode convencer um desmiolado. Sobretudo quando se sabe que 51 desses milhões são para construir a Plataforma Logística de Leixões. Uma estrutura muito importante, é um facto, mas que se destina a servir o Norte e o País, não Matosinhos em concreto. Sejamos sérios, não é um investimento local.
Sendo que, mesmo descontados esses 51 milhões, sobram sete milhões. O que não é nada mau, face ao negro panorama de outros concelhos da Área Metropolitana do Porto. A Gaia por exemplo, e descontados os 11 milhões para o Metro, sobram pouco mais de dois milhões. E um concelho como a Maia tem inscritos apenas 400 mil euros. Resumindo, Guilherme até terá razões para se mostrar satisfeito. Não precisa de recorrer a propaganda distorcida.

2 comentários:

Anónimo disse...

"(...) numa cidade que há 30 anos não tem público de teatro (...)"

"Nomeada directora artística por um período de três anos"

"Não vamos ter esse problema, apesar de ser uma zona muito congestionada. Há um acordo entre a Câmara e um parque de estacionamento."

Luísa Pinto dixit in JN

Vamos ao comentário.

Luísa Pinto é verdade em 30 anos não é só saneamento básico e água que faltam a Matosinhos, em 30 anos faltava um espaço para Teatro, não que o hardcore estivesse mal, mas os cueiros não largaram a tempo de me permitir auto-satisfação na última fila. Entendes agora a rapaziada "civilizada" que te nomeou para o lugar? Eles levaram 10 anos a concluir a obra.

E assim queres tú num ano sacar o guito de 50% da bilheteira? Avisa se o 1º escalão voltar à pantalha tenho a mão direita livre.

Dizem que vais ficar 3 anos? Não te iludas Luísa, isto não é o fado da Amália e já não é segredo o "quem dorme à noite comigo". De manha acordas o outro não está ao lado para dar o beijinho e o Narciso/PSD, mandam-te abrir a porta da rua.

Essa do Parque de estacionamento é boa, eu não o vou usar, vou mais cedo e deixo o carro no Intermarché para depois do espectáculo a tentação não me levar a cair numa tenda de cachorros. Mas é bom ver que o Gui abre o Parque ao Constantino Nery, pena não ter aberto aos comerciantes e a mim dava tanto jeito estacionar sabes, volta e meia apetece-me gastar 10 euros em camarão e dou um salto à Marisqueira dos Pobres para "chuchar" uns bichinhos Pescanova divinalmente cozidos e temperados.

Quanto ao resto, sou quem sabes, desejo-te felicidades atá ao Natal de 2009, quem sabe não serei eu a ter de te exonerar.

Do sempre

CAFÉ LUA

Anónimo disse...

Ao ler hoje a sua página, com assuntos de verdadeiro interesse, senti-me incentivado a pela primeira vez ver o que constava do PIDDAC o que acbei por conseguir.
E analisando o que se refere a Matosinhos, constatei que o Porto de Leixões absorve mais de 57 milhões, para multimodalidade e logística, plataforma logística e via interna de ligação. Ou seja, para Matosinhos, mais especificamente, ficou menos de um milhão e não sete milhões. Mas depois de ler este documento, lembrei-me da esquadra da Senhora da Hora que não existe, embora já tenha tido terreno destinado, da esquadra de Leça da Palmeira, hoje a funcionar num contentor, dos centros de saúde há tanto tempo prometidos, do portinho de Angeiras que não passa das promessas, do acesso directo do IC1 ao Pedro Hispano Isto só para referir o que de momento me lembro pois certamente muito mais haverá e já com barbas muito brancas. E diz Guilherme que não podia pedir mais. Mas será que pediu alguma coisa? Reivindicar é que não reivindicou, como deveria ter feito, na defesa dos interesses da população de Matosinhos. Mas isso poderia melindrar quem decide das candidaturas e, acima de tudo, há que defender o lugar.