É já na quarta-feira que o ministro Mário Lino reúne com os autarcas da Junta Metropolitana do Porto. É tempo, por isso, para um prognóstico antes do jogo. O exercício é difícil, tendo em conta a informação, contra-informação, boatos, suspeitas e ambiguidades que se foram ouvindo ou sussurrando nas últimas semanas. Mas como tive oportunidade de perceber algumas "pistas" vindas directamente de uma fonte supostamente muito bem informada, arrisco. Sabendo que em vez de acertar no porta-aviões, posso nem acertar no submarino.
Parece acentuar-se a aposta para que a chamada Linha da Boavista deixe de ter este nome. Em alternativa, pode aparecer uma linha que, saída de Matosinhos, seguirá, mais coisa, menos coisa, pela Praça do Império, em direcção ao Campo Alegre e depois para S. Bento. Passando por muita universidade (assim de repente, Arquitectura e Letras) e por muitos bairros sociais (todo aquele aglomerado da zona da Pasteleira).
No caderno de encargos poderá aparecer também a linha entre a Senhora da Hora e o Hospital de S. João, bem como a ligação a Valbom/Gondomar, a partir de Campanhã. Já não falo da Trofa (em via única) e da extensão por mais umas centenas de metros em Gaia, por demasiado óbvias. A Linha Circular é que pode muito bem morrer ainda antes de nascer.
Coisa diferente de dizer isto é saber o calendário. Pode muito bem ser por aqui que a corda estique e parta. É que fazer a alternativa apontada em cima à Linha da Boavista custa muitos milhões de euros a mais. Não consta que o Estado ande a nadar a dinheiro nem que o Governo tenha muita vontade de canalizar investimentos elevados para a Área Metropolitana do Porto. Mas veremos.
1 comentário:
O distrito de que fazemos parte e que queremos ser construtores continua a ser desprezado. Não sei o que vai decidir a reunião de "sábios", mas uma coisa é certa, o que acordaram em Maio de 2007 já devia estar, em várias frentes, no terreno. Eles, Governo alérgico ao Norte, e a JMP, incluindo o Rio que agora procura lavar a imagem, são responsáveis por este faz que anda mas não anda. O Poder aos cidadãos, ou seja à implementação das regiões. Basta de faz de conta! Basta de adiamentos! Basta de órgãos metropolitanos que são feiras de vaidades, que não têm competências objectivas nem legitimidade democrática!
Enviar um comentário