É sempre interessante anunciar que se vai construir mais habitação social. E é sempre bom saber que esse tipo de decisão, tendo em conta o seu custo elevado para os contribuintes, é alicerçada num levantamento exaustivo dos problemas. Mas terá sido exactamente assim?
Vem isto a propósito do anúncio, esta semana, pela Câmara de Matosinhos, da abertura de concurso público para mais quatro pequenos empreendimentos, com um total de 70 habitações e um custo de 3,3 milhões de euros.
As notícias explicam que o processo está a ser conduzido pela Matosinhos Habit [a empresa municipal de habitação] e que a decisão de avançar com a construção de habitação social se fundamentou num recenseamento que permitiu actualizar quantas famílias precisam de ser realojadas, por viverem em situações precárias.
Por aqui se fica a Câmara de Matosinhos. Porque não disponibilizou os resultados desse estudo aos jornalistas e muito menos facultou o número de famílias que precisam de uma casa nova. Um hábito muito português e cada vez mais matosinhense este de achar que a sua palavra basta. Não basta.
Não basta, nomeadamente, quando se sabe que uma autarquia como a de Matosinhos já é proprietária de 3700 fogos distribuídos por dezenas de bairros sociais. E a política de construir casas atrás de casas já não faz sentido.
O que faz sentido é começar a perceber quem, entre os que receberam uma habitação social, já não precisa dela ou já não a merece. E agir em conformidade, abrindo vagas para a nova vaga de deserdados. É função do Estado [no caso, atribuída às autarquias] garantir uma habitação decente aos cidadãos, mas não faz sentido que seja uma garantia eterna e sem condições.
Ainda que mal comparado, o subsídio de desemprego, por exemplo, também tem limites. O mesmo acontece com outros benefícios sociais. O usufruto de uma habitação social também o deveria ter.
Admito que ainda estamos longe de chegar a este patamar de verdadeira justiça social. Mas enquanto isso não acontece é obrigação da autarquia - a de Matosinhos como outras - fornecer aos cidadãos todos os dados que sustentam as suas decisões, sobretudo quando representam um gasto considerável do dinheiro dos seus impostos.
É que, ao contrário do que os nossos autarcas julgam, não são eles os grandes responsáveis por fazer esta ou aquela obra pública - em Guifões ou noutro lado qualquer. O responsável é o cidadão pagador de impostos. Os autarcas limitam-se a gerir bem ou mal o dinheiro que lhes confiam. E como bem sabemos, demasiadas vezes gerem-no mal.
11 comentários:
Como pagador imaculado de impostos, com folha de serviço completamente limpa, sinto-me completamente ultrajado com tanto despesismo, a que assisto na terra que me viu nascer, Matosinhos claro está!
Ontem foi a vez, da RGT(reunião geral de trabalhadores da Camara municipal de matosinhos), onde para além dos serviços pararem uma tarde, todo um show off, com filmes que custam milhares de euros, comes e bebes, ofertas de DVD, e claro eu e muitos como eu cada vez pagamos mais IMI e outros impostos autáquicos para estes desgovernados derreterem!!!
É como quem rouba!!!
A lista dos proximos realojamentos serão , os amigos do parada,os amigos do tunes, os amigos da olga, os funcionários da camara ,os amigos do GP. desmintan-me se eu estiver a mentir.Por isso já não há casa para mais ninguém que precisa realmente de uma habitação condigna.Este levantamento foi feito através de uma estimativa realizada ao longo de 3 longos anos.QUE GENTALHA .....
coitado de quem precisa.
Estou a ver que os que habitavam o blog "o porto de leixões" estão agora a invadir este blog para continuar a cruzada anti-Guilherme Pinto. Pensei que o Rafael tivesse mão dura nestes anónimos que apenas lançam ódio e guerrilha de ganges partidários, mas não, pois estamos num estado democrático e pluralista. O que vai acontecer é que isto vai tornar-se na bandalhaeira e má-língua que infestava o dito blog.
Este "não bad" instiga ao ódio dos matosinhenses contra os funcionários camarários, que TAMBÉM são munícipes e pagam impostos (IMI como toda a gente), Se há maus funcionários, também os há no sector privado.
Se se faz um convívio anual para motivar os funcionários e conhecerem-se melhor, é, na sua opinião, despesismo. Como sabe tanto sobre o evento, decerto esteve lá. Se não gostou, ninguém o obrigou a ir. O Sócrates gasta muito, muito mais em espectáculo e também temos de pagar. È o país que temos. Esta festa do Guilherme foi uma gota de água, no oceano dos gastos públicos. No privado as empresas fazem estas festas em locais bem mais caros e ninguém diz nada, mas o dinheiro sai dos lucros dos bens e serviços que o povo compra.
Sou funcionário camarário e com muito orgulho. A festa foi simples e gostei dela. Não houve bandas a tocar os "campos berdejantes", e jantar de pratos quentes págos pelos empreiteiros e comerciantes que nos roubam todos os dias e especulam nas casas que habitamos. Só houve discursos e uns doces frios com sumol, num edifício que é propriedade da câmara, nem aí gastaram dinheiro. A decoração foi feita pelos funcionários ao fim dos dias que o antecederam.
Esse seu discurso é de inveja e para desgastar a imagem de Guilherme Pinto. Não gosta dele, vote noutro nas próximas eleições. Não precisa vir para aqui dizer que não gosta deste. A sua opinião não me interessa a mim, nem a ninguém. Alie-se à outra candidatura e vá colar cartazes, é mais eficaz.
Caro "funcionário CMM",
O seu comentário é tão legítimo como o que lhe deu origem.Quanto à possibilidade de este espaço se tornar uma "bandalheira" ou espaço para "cruzadas", pode estar certo de que não será assim. Como aliás já devem ter percebido os autores de alguns comentários. Aproveito para lembrar a todos o que escrevi no "post" de lançamento do "Circunvalação" [e aconselho que o leiam]. Este não é um espaço de ajuste de contas. Se querem comentar façam-no com bom senso, sem insulto e sem trocadilhos imbecis com o nome das pessoas.
Meu caro funcionário da CMM, fico um pouco apreensivo ao perceber que estou na presença de alguem incapaz de respeitar a opinião dos outro principalmente quando diferem da sua. O que não me espanta, pois pelo que percebi estou na presença de um seguidor so actual presidente da CMM, e de outra forma não poderia ser pois tambem ele de democrático tem muito pouco, e de PIDESCO tem quanto baste.
Quanto ao facto de eu instigar ao ódio dos matosinhenses contra os funcionários camarários, deixe que lhe diga que não me lembro de ler algo tão patético!
Quanto aos gastos do senhor primeiro ministro, deixe que lhe diga que na minha opinião, e perante um pais muito perto de entrar em recessão, os considero VERGONHOSOS!!!
Quanto à gota de água que representou esta reunião geral de trabalhadores, acoselho-o a SOMAR todas as gotas que este executivo tem despediçado, e talvez mude de opinião.
E por ultimo meu caro, funcionário da CMM, o que os privados fazem com os seus lucros não nos compete a nós discutir, ao contrário das verbas utilizadas pela CMM para as confraternizações, e já agora fique a saber que os privados não param de trabalhar para estas iniciativas, fazem-nas mas durante o fim de semana, e ninguem é obrigado a ir, só vai quem quer tal como na CMM.
Caro funconario da CMM afinal doeu-se e preocupa-se com as opiniões contrárias...não seja mauzinho, vá lá para a festa...
Wanderley Novais
Peço imensa deculpa ao funcuionário da camara que depôs no comentario anterior, não era minha intenção ferir a sensibilidade de alguém, apenas quis constactar uns factos.Se o caro amigo tem honra em ser funcionário, não faz mais que a sua obrigação,penso que tomou posse ,por isso só tem de honrar o compromisso assumido. Quanto á critica penso que o caro amifgo tem de aceita-la sob pena de viver isolado sem saber viver em sociedade. O meu voto está entregue não se preocupe.Tem uma diferença quanto ao seu.O MEU È SECRETO e É A MINHA UNICA ARMA COMO CIDADÂO. QUANTO AO MEU ANONIMATO È IGUAL AO SEU,POIS PELOS VISTOS NOME DE FUNCIONÀRIO ;SÒ SE FOR NO BRASIL.QUANTO AOS REALOJAMENTOS PEÇO UM POUCO DE MAIS ATENÇÂO SUA E PEÇA AO SR: PRESIDENTE QUE APRESENTE A QUANTIDADE DE ILHAS DEMOLIDAS E A QUANTIDADE DE REALOJAMENTOS feitos do programa lançado por cavaco silva em 94.pelos vistos matosinhos já não tem probelemas de barracas.penso que com o comentário atras escrito rrevelei um pouco da minha cor.E quanto aos funcionários só tenho a dizer bem destes uma grande parte, pois são eles que vão segurando a nau desgovernada.Os outros são aparelho. Penso que sabe o que é ,pois parece-me uma das peças da engrenagem.Preocupe-se então com a sua copetencia e tenha um pouco mais de bom senso e sentido critico não lhe faziam mal, pois assim melhoraria o desempenho de quem foi eleito para executar politicas com amaior justiça possivel.Caso não saiba o que é justiça aconcelho um dicionário. estamos entendidos?saudações democraticas para o amigo.
MANUEL tiago
quanto ao convivio façam ao sabado e veem quantas pessoas vão.pois caro amigo as festas á sexta são como as greves ,canjinha ou fim de semana prolongado. Arivaderci nininho
Nas camaras PSD não acontece disto. POê-te a mexer
MANUEL tiago
bem, ó funcionário levas-te uma sova de luva branca. è caso para dizer põe-te a mexer.....tu e o GP.
ASS. QUINZINHO DE ANGOLA
Pelos comentários acima dá para ver que estamos em mais um blog frequentado entusiásticamente pelos adeptos de Narciso Miranda. Que alegria vê-los aqui a levar ao colo o ex-próximo presidente, que bem podia estar na reforma. Nunca ouviram falar em "rotatividade democrática"? Porque será que o povo tem tanto apreço pelos autarcas agarrados ao poder: Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Isaltino Morais, Avelino Ferreira Torres, que mesmo renegados pelos seus partidos concorrem como independentes e ganham? o povo gosta dos politicos de discurso populista, levados em braços pela multidão. É próprio dos países subdesenvolvidos, onde impera a cunha, o suborno, o clientelismo. No centro e norte da Europa estes personagens não tinham apoiantes, nem lata para se recandidatar. Mas aqui, o povo leva-os nos braços...
Cada um tem o que merece e nós merecemos isto, porque votamos neles. O que o povo quer é bairros de casas baratas, receber o rendimento mínimo garantido, ganhar uns trocos nuns biscatos, para ir ver o leixões e beber umas cervejas. Trabalhar não é preciso, vida fácil. Durante décadas fizeram-se bairros destes desde Angeiras (nem água pagaram durante 30 anos) até S. Mamede, passando por Guifões, Senhora da Hora e Custoias. Com um presidente bonzinho assim, quem não quer? Qual Robin dos Bosques, em Matosinhos a maioria sempre pagou taxa máxima de contribuição autárquica para dar casa de graça a alguns previligiados à sombra da cunha e do partido. Tenho de trabalhar para pagar a minha casa, mas se tivesse casa dado pelo Narciso, também o levava ao colo, como no filme da Matosinhos.tv da visita que ele fez a alguns amigos no Bairro de S.Gens no dia 24 de Setembro (tanta gente na rua durante o dia, num dia normal de trabalho... bem, trabalho para mim, para eles é sempre feriado).
Engraçado, pois quem mais traz Narciso á baila neste e noutros blogs são os seus detractores...que mania de perseguição...deixem lá o menino, pois se se dizem democratas ele até pode estar lá mais uns anos desde que eleito DEMOCRATICAMENTE!!
Wanderley Novais
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