"Não há uma segunda oportunidade para as crianças terem uma boa escola". Como se lê, o actual presidente da Câmara de Matosinhos [Guilherme Pinto, para os mais distraídos] também diz coisas acertadas. E, já agora, toma decisões correctas. Como a que esteve associada à frase citada, quando anunciou a intenção de, já este ano, a autarquia assumir a gestão das E.B. 2,3 do concelho. O que se espera agora é que a celeridade na acção seja semelhante à da decisão.
Porque de facto não há uma segunda oportunidade para ter uma boa escola. Querem um exemplo? Dou-vos o meu. Um dos meus rapazes, o mais velho, esteve no último ano remetido a um contentor instalado no Parque Florbela Espanca. E por causa dos crónicos atrasos na recuperação da Escola do Corpo Santo, que esteve anos ao abandono e mais alguns em obras, não teve segunda oportunidade para ter uma boa escola primária.
Transitou este ano para a E.B. 2,3 de Leça da Palmeira. Já tinha ouvido dizer que chamar escola aquela coisa era capaz de ser exagerado. Mas não há nada como uma visita guiada por um conjunto de edifícios semi-destruídos, com mobiliário apodrecido, recreios degradados e sujidade entranhada por todo o lado para se ter a verdadeira dimensão da catástrofe.
Se já não estivesse, ficava convencido da urgência de passar a gestão do segundo ciclo para as autarquias. É verdade que, como já disse, quando fazem obras arranjam sempre forma de as deixar atrasar. Mas ao menos preocupam-se. Coisa que jamais passaria pela cabeça dos professores burocratas que controlam o Ministério da Educação e respectivas direcções regionais.
Foi já depois desse passeio pela zona de guerra de Leça da Palmeira que se ficou publicamente a saber que a Câmara de Matosinhos assumia de imediato (este ano lectivo) a gestão das E.B. 2,3. E o nosso presidente até já anunciou que estão em curso os projectos para reabilitar a de Leça da Palmeira e a de Matosinhos (que está tão mal ou pior do que a primeira).
Resumindo, suspeito que para o meu rapaz, como para os seus coleguinhas, já não haverá tempo para uma segunda oportunidade. O segundo ciclo dura dois anos e, aposto com quem quiser, que em dois anos a Câmara não vai conseguir renovar coisa nenhuma. Concluindo como comecei, "não há uma segunda oportunidade para as crianças terem uma boa escola". Dizer coisas acertadas não chega, é preciso agir em conformidade.
PS - A minha única consolação é que o rapaz mais novo anda dois anos mais atrás. Este ano já está na nova Escola do Corpo Santo e assim ficará outros dois. E com um pouco de sorte, quando for a sua vez de chegar à E.B. 2,3, também a esta já poderemos chamar escola.
Porque de facto não há uma segunda oportunidade para ter uma boa escola. Querem um exemplo? Dou-vos o meu. Um dos meus rapazes, o mais velho, esteve no último ano remetido a um contentor instalado no Parque Florbela Espanca. E por causa dos crónicos atrasos na recuperação da Escola do Corpo Santo, que esteve anos ao abandono e mais alguns em obras, não teve segunda oportunidade para ter uma boa escola primária.
Transitou este ano para a E.B. 2,3 de Leça da Palmeira. Já tinha ouvido dizer que chamar escola aquela coisa era capaz de ser exagerado. Mas não há nada como uma visita guiada por um conjunto de edifícios semi-destruídos, com mobiliário apodrecido, recreios degradados e sujidade entranhada por todo o lado para se ter a verdadeira dimensão da catástrofe.
Se já não estivesse, ficava convencido da urgência de passar a gestão do segundo ciclo para as autarquias. É verdade que, como já disse, quando fazem obras arranjam sempre forma de as deixar atrasar. Mas ao menos preocupam-se. Coisa que jamais passaria pela cabeça dos professores burocratas que controlam o Ministério da Educação e respectivas direcções regionais.
Foi já depois desse passeio pela zona de guerra de Leça da Palmeira que se ficou publicamente a saber que a Câmara de Matosinhos assumia de imediato (este ano lectivo) a gestão das E.B. 2,3. E o nosso presidente até já anunciou que estão em curso os projectos para reabilitar a de Leça da Palmeira e a de Matosinhos (que está tão mal ou pior do que a primeira).
Resumindo, suspeito que para o meu rapaz, como para os seus coleguinhas, já não haverá tempo para uma segunda oportunidade. O segundo ciclo dura dois anos e, aposto com quem quiser, que em dois anos a Câmara não vai conseguir renovar coisa nenhuma. Concluindo como comecei, "não há uma segunda oportunidade para as crianças terem uma boa escola". Dizer coisas acertadas não chega, é preciso agir em conformidade.
PS - A minha única consolação é que o rapaz mais novo anda dois anos mais atrás. Este ano já está na nova Escola do Corpo Santo e assim ficará outros dois. E com um pouco de sorte, quando for a sua vez de chegar à E.B. 2,3, também a esta já poderemos chamar escola.
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