domingo, 21 de setembro de 2008

Magalhães em Matosinhos


Matosinhos parte na frente na corrida ao Magalhães, o portátil que junta a Intel e a matosinhense JP Sá Couto. Na próxima terça-feira começam a chegar os primeiros quatro mil exemplares, a 16 concelhos do país. Destinam-se, como se sabe, aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Matosinhos parte na frente e é justo que assim seja. Porque a empresa que os produz está aqui sediada. Porque se há trabalho em que a nossa autarquia merece nota positiva é precisamente no sector da Educação.
Apesar dos problemas pontuais que todos sentimos - as obras que se arrastam por demasiado tempo, as escolas transformadas em aglomerados de contentores -, também é preciso reconhecer o mérito. Alguns exemplos:
A Câmara de Matosinhos há vários anos que faz um esforço de investimento bastante grande na recuperação de escolas. E esse movimento parece ser para continuar.
Quando a actual ministra da Educação decidiu, e muito bem, avançar com a Escola a Tempo Inteiro, Matosinhos esteve na vanguarda, criando condições para que o 1º Ciclo deixasse de ser o parente pobre da Educação, enfrentando as resistências de alguns professores agarrados a privilégios anacrónicos.
E finalmente, agora que o Estado finalmente descentraliza competências no 2º e 3º Ciclo, Matosinhos volta a responder presente, sem receios, com frutos que seguramente serão visíveis em pouco tempo.
Tudo isto tem custos? Tem, mas não vejo melhor forma de utilizar o dinheiro dos contribuintes do que na Educação. A implementação destas medidas tem muitas vezes velocidades diferentes, gerando alguma desigualdade interna? É verdade, mas esperar que seja possível fazer tudo, em todo o lado, ao mesmo tempo, costuma ser sinónimo de deixar para amanhã o que se pode fazer hoje.
Como o nosso presidente da Câmara disse por estes dias, na escola dificilmente há uma segunda oportunidade. Tudo o que está por fazer é portanto urgente.
Não confundam é reconhecimento com subserviência. Porque é preciso fazer depressa, mas com exigência. E os pais das crianças que frequentam o nosso ensino público têm o direito e o dever de exigir tudo.

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