sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Mundo em que vivemos

No Irão, um homem foi enforcado, depois da “comutação” da pena original, que era a lapidação. O crime cometido foi o de adultério. No corredor da morte, também candidatos às pedradas de misericórdia, estão mais cinco pessoas, quatro dela obviamente mulheres, essas putas (desculpem lá o calão, mas tem mesmo de ser assim).

Nos Estados Unidos, uma mulher de 33 anos, desempregada, solteira e já com um rancho de filhos, conseguiu que lhe fizessem uma inseminação. Teve oito catraios. E com isso ganhará certamente um lugar nas revistas e talk shows televisivos de celebridades e mostrengos (que muitas vezes são uma e a mesma coisa). Entretantos, a principal produtora de filmes pornográficos do Mundo – a Vivid – já lhe propôs um excelente contrato: um milhão de dólares se aceitar protagonizar um filme. Querem transformar a mamã numa puta.

Em Braga e numa feira de livro em saldo alguém se lembrou de pôr à venda um livro com o título de Pornocracia (a autora devia estar a pensar em histórias semelhantes à do parágrafo anterior quando se lembrou do título). A enfeitar a obra uma pintura realista do sexo de uma mulher. Foi um festival na cidade dos arcebispos. Ainda se fosse um anjinho e a respectiva pilinha… O que aconteceu é que a PSP, zelosa, recolheu a obra, para evitar desacatos. Acho que fez muito bem, ainda que tenha sido pintado por um tal Coubert, ainda que o original esteja exposto no Quai d’Orsay. Digam o que disserem sobre a qualidade estética da obra, o que aquilo parece é o retrato de uma puta.

1 comentário:

JOSÉ MODESTO disse...

Caro Rafael, este artigo noto-lhe um certo nervosismo, porque será?