quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O ovo podre

"Um excelente quadro político..." "Vai trazer criatividade, imaginação e ambição..." "A pessoa certa para o lugar certo..." E, finalmente, o meu elogio preferido, "É um matosinhense de gema..." Não sei como é com vocês, mas eu, só de reler esta tralha, rio-me como um perdido. Excepto com a última frase, em que até me vêm as lágrimas aos olhos. É isso mesmo, já adivinharam, são elogios de Narciso Miranda a Guilherme Pinto, uns meses antes das eleições autárquicas de 2005. A paz podre, sabemos agora, durou pouco. Supeito que o "filho" já não conseguirá dizer do "pai" que este foi "o melhor autarca do país de todos os tempos". Em Matosinhos a realidade ultrapassa sempre a ficção: a norma é que, em política, o filho "mate" o pai, mas por cá o "pai" também mata o "filho". Para voltar à "vaca fria" do Eugénio - a Petrogal - atentem só nesta frase galhofeira de Narciso sobre Guilherme, no final de mais um dia de fumaça e sirenes: "[A Petrogal] devia ouvir os trabalhadores, os que andam diariamente de fato-macaco, garantindo a segurança das instalações, e não os que aparecem com ele vestido quando aparece a comunicação social" [ponto em que convém lembrar que o nosso actual presidente trocou o fato de autarca pelo fato-macaco da Galp, por ocasião do penúltimo foguetório na refinaria]. Meus caros, um conselho, estejam atentos, que isto nos próximos tempos vai ser muito divertido.