terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Metro em Pedro Hispano

Já disse a alguns amigos que me questionam sobre “O Porto de Leixões” que isto ganhou vida própria. Já não interessa qual o tema proposto, por mim ou pelo Eugénio. Os comentários chovem, sobretudo os que têm a ver com a vida interna da Câmara. Não há problema nenhum nisso, estejam à vontade. Mas ainda assim vão ter que levar, de vez em quando, com ‘posts’ sobre assuntos mais ‘chatos’, como o que se segue, sobre o metro, concretamente as novas ligações que estão a ser estudadas entre Matosinhos e o Porto. É que, apesar desta discussão não se fazer aqui na nossa terra [nem esta, nem nenhuma], é um tema actual e que condicionará o desenvolvimento urbanístico de Matosinhos. E isso interessa-me.
Fiquei a saber por estes dias, por exemplo, que se uma das propostas estudadas por Álvaro Costa vingasse, poderia apanhar aqui ao pé de casa, na estação de Pedro Hispano, para além da linha que já cá passa, uma segunda linha que daqui seguiria para o Lidador, Antunes Guimarães, Fonte da Moura e, depois, avenida acima, até à Rotunda da Boavista.
É uma das três possibilidades que está a ser estudada para a chamada Linha da Boavista. As outras são o traçado “clássico” e uma ligação entre o Parque Real e a Fonte da Moura e outra vez pela Avenida da Boavista. [Não sei se dará para ver, mas à cabeça está uma reprodução da infografia que por estes dias se publicou no JN].
Se quem decide o fizer apenas tendo em conta o número de passageiros, não vai ser à porta de minha casa que vão fazer esta nova linha. As contas dos especialistas dão mais 632 clientes por hora, na ponta da manhã, se o traçado partir de Pedro Hispano. A versão pelo Parque Real dá mais 707 utentes. E a versão “clássica” da Avenida da Boavista dá mais 1114 clientes por hora. A única vantagem que tem a “minha” linha é o facto de ser mais curta, logo, digo eu, mais barata.
Outra informação vital para os matosinhenses tem a ver com a linha entre a Senhora da Hora e o Hospital de S. João, com passagem por S. Mamede de Infesta. Pelos vistos, e para minha surpresa, os territórios que cruza têm uma densidade e diversidade de ocupação menor do que os da Linha da Boavista [surpresa ou talvez não, porque esta passa em Aldoar].
Mesmo assim, segundo os especialistas, a linha por S. Mamede tem grande potencialidade, prevendo-se que possa trazer mais 469 passageiros por hora, na ponta da manhã [atenção que isto dos passageiros é medido apenas num sentido]. Se esta linha se fizesse, o ideal, ainda segundo os mesmos estudos, é que esta fosse a ligação directa preferencial entre o centro da cidade de Matosinhos e a Baixa do Porto.