sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A "Macro"

Está aí a nova macro-estrutura da Câmara Municipal de Matosinhos. Eu já a conheço e, mais do que isso, já tratei de pedir umas contas e de perguntar uns nomes. Ou seja, este ‘post’ não tem qualquer motivação ‘séria’, pretende apenas mostrar a quantidade de ‘massa’ que se gasta com tanto chefe e, depois, explicitar quem vão ser esses chefes. E são muitos [ver lista anexa]. Ou seja, isto é tudo pura demagogia. Mas da boa. E aposto que é capaz de provocar uma ou outra indisposição.Só para terem então uma pequena ideia, aquela coisa de se criar uma Divisão Constantino Nery [se não fosse dinheiro público, era de rir até às lágrimas, como se trata de dinheiro público, passamos por cima da parte do rir] é só um pormenor.A nova ‘macro’ [já a conheço tão bem que a posso tratar pelo diminutivo] prevê 11 directores municipais, 15 chefes de departamento e 31 chefes de divisão, no caso de serem preenchidos todos os lugares. Para terem termo de comparação, até aqui havia 5 directores municipais, 11 chefes de departamento e 27 chefes de divisão.O que é que isto significa em termos de custos? É só fazer umas contas. Mesmo que sejam de merceeiro. Cada director municipal ganha para cima de 4400 euros. E o encargo anual, assumindo que passam de 5 para 11, sobe de cerca de 300 mil para quase 700 mil euros. Com os directores de departamento, a factura deve passar de cerca de 500 mil para quase 700 mil euros (cada um recebe um pouco mais de 3200 euros mensais). E com os chefes de divisão a diferença andará na ordem dos 200 mil por ano, passando para um pouco mais de 1,2 milhões de euros anuais (cada um ganha à volta de 2800 euros mensais).Ou seja, as chefias da Câmara vão custar aos contribuintes [esta é das minhas partes favoritas no que à demagogia diz respeito] qualquer coisa como 2,5 milhões de euros por ano, quando até aqui ainda estava longe dos dois milhões. A mim ninguém me pediu opinião, mas parece-me uma pipa de massa quando nos exigem tantos apertos de cinto, quando nos aumentam impostos para diminuir o défice, ou quando muita gente não tem sequer que chegue para alimentar a família [nesta parte também podem dizer que, além de demagógico, sou trauliteiro, que eu não me importo].Feitas as considerações, fica aqui a lista de nomes que consegui apurar até ao momento. Com um pouco de sorte, alguns dos visados podem ter aqui notícia em primeira mão. Com um pouco de azar, haverá aqui um ou outro nome trocado. O que é normal, porque isto é mesmo muita gente. Finalmente, há alguns pontos de interrogação. Agora quem quiser que dê o seu contributo.