"A despesa com pessoal é o argumento a que se vão agarrar as ignorâncias". Ainda ninguém tinha tido possibilidade de dizer o que quer que fosse sobre as contas da Câmara Municipal de Matosinhos (2008) e já Guilherme Pinto, em conferência de Imprensa, passava um atestado de incompetência a quem se lembrasse de abrir a boca. Poderia ser considerada uma boa jogada de antecipação, não fosse o insulto gratuito.
Do que se fala? Do aumento das despesas com pessoal em cinco milhões de euros nos últimos três anos. Correndo o risco de parecer ignorante, a mim parece-me de facto, vá lá, um pouco exagerado. Sobretudo quando atravessamos momentos de crise profunda, que convidariam a alguma restrição. Mesmo que tenha sido preciso acolher funcionários dos antigos serviços municipalizados na autarquia. Mesmo que aqui estejam incluídos os pagamentos aos monitores das actividades de enriquecimento curricular das escolas primárias. É muito milhão.
Acrescente-se que o tom tonitruante do presidente da Câmara não se esgotou no primeiro exemplo. Revelando um apego emocionante ao insulto, aproveitou para atacar quem se atreveu a duvidar da bondade dos recentes empréstimos à banca (32 milhões). "Mostram ignorância e até má-fé". Ora tomem lá.
5 comentários:
O Rafa nao te incomodes o homem é mesmo i**ran**
rafael, certinho e direitinho este comentario. poupança para K?quem vier a seguir que feche a porta do endividamento....
Mas afinal podemos sempre pedir contas ao GP, pois ele farta-se de dizer que vai continuar a viver em matosinhos(com todo o direito).Agora podemos é continuar a colocar as facturas na caixa do correio dele , porque quem gasta o que ele gasta, merece isso ou uma estatua para as gaivotas defecarem em cima da sua carantonha.poupem-nos a tal desnorte . só falta 5 meses para a 2ª revolução autarquica a seguir ao 25 de abril.
A 1ª foi feita pelo Narciso Miranda e a 2ª se os Matosinhenses quiserem também.
Força matosinhos
A pre campanha em matosinhos já começou. As afirmações do presidente da Câmara inserem-se nesse contexto. Nota-se que vive obsecado pela presença de narciso miranda na disputa eleitoral. Mais grave do que é aqui transcrito, foram as afirmações pouco cuidadas, ofensivas e de eficacia muito duvidosa, ao afirmar que «há politicos com alzhaimer». Não duvido da afirmação. Ela foi tema em letras gordas e de 1ª página, no orgão oficial local do regime. Teve sorte, o presidente, dessa afirmação ter passado relativamente despercebida num orgão nacional. É com estas e com outras, que o velho «rato» ganha pontos. Aos poucos.Quanto ao resto,no terreno, são estão 2 : o BE e da CDU. Tenho para mim não ser ainda adquirido que o candidato do PS seja Guilherme Pinto. Só existe, a meu ver, um pormenor que joga a favor dele: qualquer outro candidato do PS que fosse anunciado seria um «perdedor». Mudar de personagem nesta altura e com os holofotes apontados para Guilherme, seria uma derrota anunciada.
Para o PS, do mal o menos. O actual presidente acaba por ser mais vitima que reu.Está demasiado enredado em compromissos de que não soube desfazer-se, a tempo. Aí sim, a culpa é toda sua.E formou uma equipa que não joga nem deixa jogar.Ideologicamente inexistente. Economicamente fragil. Socialmente afastada. Ambientalmente vaidosa. Educacionalmente dependente do poder central. Culturalmente repetitiva.Pessoalmente abastada.Espremendo, pouco deixam. Mas o que mais «arrepia», quem acompanha a politica local, é não detectar diferenças entre os 2 principais partidos. São diferentes apenas nas «virgulas» Falta ideologia nesta terra. Sobeja a vaidade e o pretensionismo. Há liberalismo a mais na gestão do municipio. Pensem bem. Matosinhos vive, ainda, dos louros conquistados. Quando todos os outros municipios andavam de olhos fechados. É urgente uma alternativa. De esquerda, digo eu. Embora contrariando os que, por conveniencia, se recusem a aceitar estas clivagens.Mas elas existem.
A questão das «barracas» frente aos Paços do Concelho é uma aberração. Semanas a fio, escondendo um edificio de grande qualidade. Contradição de Guilherme Pinto. Recordem-se que, aquando dos cartazes, uma das suas defesas era a agressão ambiental. Que poderiam esconder monumentos e obras de arte.Rapidamente, na pratica, «não olhes para o que eu digo». Isto demonstra falta de coerencia, de rumo, de projecto.Ausencia de bom gosto.Tenta conciliar-se com o «popularucho». Aquilo ali é feio. Sem sentido. Degradante.Politicamente inconsequente. E quanto custou???
Em época de crise e de familias com dificuldades, quantas refeições ou sopas, a familias necessitadas, dariam aqueles milhares de euros?? Demagogia? Não. Solidariedade. Que acção promoveu a Câmara para ajudar quem precisa?? O que foi anunciado não passa duma falácia. É a ideologia que falta. Este governo local tem vergonha de se misturar com o povo. Fica enojoado com o cheiro dos mais pobres e necessitados. Fica incomodado com o «mau» vestir de quem já não tem dinheiro para o pão. Suspendam esta aparato ofensivo. Desçam às gentes. Misturem-se com elas. Embrulhem-se nas suas vestes. Abracem-nos para ficar com o seu cheiro. Humano.«barracas»? «Tendas» ? Seminarios? Encontros? Papel? Comunicações? Graficos? Chega. Acordem. Honrem o passado desta terra. Dignifiquem quem combateu por Abril. E quem sofreu os horrores do silencio e da perseguição. Com estas acções , as comemorações do 25 de Abril, em Matosinhos, não passam de uma hipocrisia Façam politica, uma das mais nobres actividades do homem.
Caro Rafael, artigo curto-objectivo e sem direito de resposta.
relativamente a UMBERTO SEM ECO, concordo plenamente consigo e realço o seguinte:
APEGUEMO-NOS ÁS CAUSAS E NUNCA ÁS PESSOAS.
De facto fazer Politica é e será sempre uma das mais nobres actividades.
Saudações Marítimas
José Modesto
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