Há entrevista a Marco António Costa para ler na edição desta semana do Matosinhos Hoje. Um proto-candidato do PSD à Câmara de Matosinhos que parece começar a afastar-se dessa condição. Ou, para citar o próprio: "Pela enésima vez, não sou candidato."
Mas o que mais nos diz o homem que, para além de "vice" da Câmara de Gaia, lidera a Distrital laranja? E que portanto terá palavra decisiva na escolha do litigante social-democrata? Diz, por exemplo, que Agostinho Branquinho foi convidado mas não avança. Que Paulo Morais "é um activo político importante do partido". E, ainda, que não pode responder quando lhe perguntam se o cabeça de lista será algum dos actuais vereadores.
Uma verdadeira Mona Lisa, portanto. De sorriso enigmático. A gente bem olha e bem procura ler nas entrelinhas, mas o rosto e o discurso são inexpressivos.
Pelos vistos, a decisão ou o anúncio ficam lá mais para o fim de Maio. Ou porque ainda não há candidato, ou porque dá jeito que os dois principais rivais se vão queimando em lume brando. Prova disso, as muitas linhas que lhes dedica Marco António. Apenas alguns exemplos.
Sobre Narciso: não é propriamente um menino do coro; não deixa Guilherme Pinto governar a Câmara; candidata-se por révanche; é o criador a tentar anular a criatura.
Sobre Guilherme: foi levado ao colo pelo Governo; não foi presidente da Câmara, foi regedor; viveu permanentemente pendurado na fralda da camisa do primeiro-ministro; tem a percepção de que a Câmara está perdida.