Finalmente uma boa notícia. Estão a ver aquela avenida, em Leça da Palmeira, ao longo do porto de Leixões, aquela toda esburacada há vários anos? Pois vai ser arranjada. Não se sabe quando, mas vai ser arranjada.Mas a boa notícia não é essa. É que, no processo, Matosinhos encontrou uma forma de inovar, mais uma vez, no panorama nacional. Para além das faixas exclusivas para o trânsito local, as placas ajardinadas e o diabo a quatro, vamos ter um passeio com dois metros e meio de largura: para peões, para bicicletas e… exactamente, adivinharam, cavalos!Até me vieram as lágrimas ao olhos. Porque é sempre bom saber que na nossa autarquia há gente amiga dos animais. Mas já agora uma sugestão, até porque suspeito que o genial ideólogo da coisa se pode ter esquecido: façam o favor de criar dispensadores de sacos, que incluam umas pás, para os donos dos cavalinhos poderem recolher e guardar a bosta em local adequado.Até porque a vivência diária nos diz que os amigos dos animais, por exemplo os amigos dos cães, fazem um uso exaustivo desse tipo de mobiliário urbano. Eu, em Leça da palmeira, nunca me aconteceu pisar merda de cão. É uma limpeza que só visto. E como é evidente, já estou a imaginar os garbosos cavaleiros a fazer a limpeza dos passeios.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Ao ataque
Guilherme Pinto passou ao ataque. Com extrema dureza. Em entrevista ao JN de hoje, depois do "suplemento" que constituiu a vitória nas eleições para a "Concelhia" do PS, o autarca dedica atenção quase exclusiva a Narciso Miranda, que considera o grande derrotado do fim-de-semana passado. O "sound-byte" mais forte está logo no título da entrevista: "Fui traído por Narciso de forma desonesta".
A entrevista até começa de forma um pouco embrulhada. Guilherme Pinto (GP) tenta explicar que, apesar de Alexandre Lopes ter subido a percentagem de votação, comparando com o que aconteceu há dois anos, nunca o vencedor [neste caso, GP] tinha recebido tantos votos expressos. Como se sabe, a matemática já não é o quer era, agora toda a gente ganha alguma coisa e até vários campeonatos ao mesmo tempo.
Na verdade, isso não interessa nada. Percebe-se logo a seguir que o argumento só é usado para desvalorizar a importância de Narciso Miranda no partido, uma vez que, segundo GP, os militantes recusaram, nestas eleições internas, aceitá-lo como candidato. Digamos que, para GP, estas foram uma espécie de "primárias", sendo que a escolha era entre Guilherme e Narciso, "obviamente".
Narciso perdeu e portanto deve retirar-se de cena. "Fez campanha (...) manifestou disponibilidade para se candidatar à autarquia (...) e deveria respeitar os resultados. Desvalorizá-los (...) é um sinal de desrespeito pela democracia". [Eu por acaso ultimamente ando com a impressão que as eleições partidárias, seja em que partido for, não são grandes exemplos de democracia, mas GP lá sabe que já por lá anda há muitos anos.]
Para o caso de NM não respeitar a democracia partidaria, e na hipótese de haver candidatura independente, não existe "ameaça". Diz GP que "quanto maior o leque de escolhas melhor". Mas a verdade é que não parece acreditar que se concretize. "O grande defeito dele [NM] é que nunca se sabe muito bem o que quer ou pensa".
A entrevista termina com a frase que lhe dá o título. GP acusa NM de, dois meses após as eleições, o ter "traído de forma desonesta". Meus caros, é Guilherme Pinto a passar ao ataque. Isto está cada vez mais interessante.
A entrevista até começa de forma um pouco embrulhada. Guilherme Pinto (GP) tenta explicar que, apesar de Alexandre Lopes ter subido a percentagem de votação, comparando com o que aconteceu há dois anos, nunca o vencedor [neste caso, GP] tinha recebido tantos votos expressos. Como se sabe, a matemática já não é o quer era, agora toda a gente ganha alguma coisa e até vários campeonatos ao mesmo tempo.
Na verdade, isso não interessa nada. Percebe-se logo a seguir que o argumento só é usado para desvalorizar a importância de Narciso Miranda no partido, uma vez que, segundo GP, os militantes recusaram, nestas eleições internas, aceitá-lo como candidato. Digamos que, para GP, estas foram uma espécie de "primárias", sendo que a escolha era entre Guilherme e Narciso, "obviamente".
Narciso perdeu e portanto deve retirar-se de cena. "Fez campanha (...) manifestou disponibilidade para se candidatar à autarquia (...) e deveria respeitar os resultados. Desvalorizá-los (...) é um sinal de desrespeito pela democracia". [Eu por acaso ultimamente ando com a impressão que as eleições partidárias, seja em que partido for, não são grandes exemplos de democracia, mas GP lá sabe que já por lá anda há muitos anos.]
Para o caso de NM não respeitar a democracia partidaria, e na hipótese de haver candidatura independente, não existe "ameaça". Diz GP que "quanto maior o leque de escolhas melhor". Mas a verdade é que não parece acreditar que se concretize. "O grande defeito dele [NM] é que nunca se sabe muito bem o que quer ou pensa".
A entrevista termina com a frase que lhe dá o título. GP acusa NM de, dois meses após as eleições, o ter "traído de forma desonesta". Meus caros, é Guilherme Pinto a passar ao ataque. Isto está cada vez mais interessante.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Sócrates em campanha
O nosso primeiro já anda em campanha. E a caravana governamental (e partidária) passou por Matosinhos. À falta de melhor, Sócrates inaugurou obra que já está pronta há vários anos, anunciou projectos já anunciados antes e renovou promessas mil vezes repetidas. Tudo com muito profissionalismo e com imagem irrepreensível, como sempre.Lá está ele a desvalorizar, dirão os mais esclarecidos. Mais um frete ao Barroselas, acrescentarão algumas luminárias. E têm toda a razão. Passo a provar.A Via Interna de Ligação ao Porto de Leixões, mais conhecida pela simpática e impronunciável sigla de VILPL, está com asfalto posto desde 2004. Ora deixa lá fazer as contas… isso, há quatro anos! Pelos vistos faltava construir uma Portaria Única. Mas finalmente ela aí está e José Sócrates cortou a fita. Ao menos que sirva de facto para retirar, como se anuncia, cerca de dois mil camiões das nossas ruas.Mas a novidade que o nosso primeiro quis dar em primeiríssima (?) mão é que o porto de Leixões vai ter um moderno terminal de passageiros. Que é moderno, não tenho dúvida, porque já vi as imagens mais do que uma vez. Se bem me lembro, na primeira apresentação, na segunda apresentação e para aí na terceira apresentação, umas vezes nas instalações da APDL, outras na da Câmara de Matosinhos. Convenhamos que podiam ter feito o esforço de arranjar alguma coisa menos gasta para o primeiro-ministro.Finalmente e para terminar, Ana Paula Vitorino, a ministra… perdão, a secretária de Estado dos Transportes, voltou a dizer-nos que vai ser construída uma Plataforma Logística, ali para os lados de Guifões. Não tenho dúvida que é uma coisa importante, esclareça-se. E que fará com que o porto de Leixões assuma um papel cada vez mais importante, sobretudo no contexto do Noroeste Peninsular. O problema, mais uma vez, é que não passa da renovação, pela enésima vez, da mesma promessa. Interessante mesmo era que a concretizassem.
PS – Uma referência para Ricardo Fonseca, que não conheço pessoalmente, mas a quem só ouço elogios, pela competência, de gente de todos os quadrantes políticos. A cerimónia de ontem também serviu para o aplaudir e assinalar a saída para a liderança da Empresa Metro do Porto. Este ponto do programa não contesto.
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